O advogado Mitchell Stephens (Ian Holm) vai a uma pequena cidade no interior do Canadá visitar e tentar convencer algumas famílias a pedirem uma indenização pelo acidente de ônibus que causou a morte de seus filhos. Além de lidar com a dor dessas famílias e conhecer os segredos da comunidade, Mitchell também está perdendo sua própria filha, Zoe, viciada em drogas. O filme faz um paralelo entre o acidente do ônibus escolar e o conto de fadas O Flautista Mágico, além de trabalhar a narrativa em três tempos distintos que são apresentados intercaladamente ao espectador: os momentos que antecederam o acidente, os esforços do advogado para representar as famílias no processo da empresa de ônibus e, dois anos depois, o encontro em um voo entre Mitchell e uma amiga de sua filha, Allison. O filme é baseado no romance The sweet hereafter (1991), do escritor estadunidense Russel Bank.
Cenas marcantes:
Mitchell, em um lava-rápido de carros, recebe um telefonema de Zoe.
"Acidentes não existem. Essa palavra não me diz nada", Mitchell fala à sra. Otto.
Leitura em off de O Flautista Mágico por Nicole, enquanto ela tem um momento secreto com seu pai.
Mitchell conta a Allison uma história da infância de Zoe.
Mesmo com Billy dando-lhe as costas e indo embora, Mitchell continua a falar: "Algo terrível está acontecendo. E está levando nossas crianças. É tarde demais. Elas se foram".
A primeira vez em que vi O doce amanhã:
Foi em 2005 ou 2006, quando encontrei o DVD de O doce amanhã em uma banca de jornais na Av. Paulista. Não sabia nada sobre o filme, mas seu título e a capa do DVD me chamaram a atenção. Lembro de na época ter gostado muito da fotografia e do timing do filme, além do diálogo com o conto de fadas O Flautista Mágico. A sensação que ficou no final foi - ao contrário do título - um tanto amarga.
O DOCE AMANHÃ [The sweet hereafter]. Direção: Atom Egoyan. Produção: Atsuyuki Shimoda, Satoshi Kanno. Canadá: Ego Film Arts, 1997, DVD.