22 de abr. de 2012

Viver a vida

Considerada a primeira obra-prima de Jean-Luc Godard, Viver a vida é um filme dividido em doze atos que contam a história de Nana (Anna Karina), uma moça de vinte e dois anos que se separa de Paul (André Labarthe) e que, diante de suas dificuldades financeiras, decide prostituir-se. Em seu percurso pela prostituição, Nana é apresentada por sua amiga Yvette (G. Schlumberger) a Raoul (Saddy Rebbot), que se torna seu cafetão, além de ter conversas com Luigi (E. Schlumberger), um velho filósofo (Brice Parain) e um jovem rapaz (Peter Kassowitz). Em francês, a expressão “viver a vida” funciona como gíria para descrever prostituição; a partir dessa expressão, Godard traz em seu filme reflexões filosóficas sobre o ato de viver. 



Cenas marcantes:

Nana e Paul terminam sua relação em um bar, de costas para o espectador.

Assistindo a Joana D'Arc, Nana chora.

Nana diz a Yvette: "Acho que somos sempre responsáveis por nossas ações. Somos livres. Eu levanto minha mão, eu sou responsável. Eu viro minha cabeça, eu sou responsável. Eu estou infeliz, eu sou responsável. Eu fumo um cigarro, eu sou responsável. Eu fecho meus olhos, eu sou responsável. Esqueço que sou responsável, mas eu sou".

Em um momento de descontração, Nana dança e sorri, observada por Raoul, Luigi e o jovem rapaz.

O velho filósofo conta a Nana uma passagem do livro Os Três Mosqueteiros, o que os leva a uma longa conversa filosófica sobre a linguagem e o amor.



A primeira vez em que vi Viver a vida:

Comprei o DVD de Viver a vida em 2011, pois estava sentindo necessidade de conhecer mais os filmes de Godard. Ao assistí-lo, fiquei muito desperto e atento (geralmente, filmes em preto e branco me dão sono e acabo cochilando no meio deles), achei que a história de Nana foi contada de uma maneira bastante elegante e inteligente, me identifiquei um pouco com a personagem e foi impossível para mim não fumar muitos cigarros enquanto via Nana e seus interlocutores conversando e fumando.







VIVER A VIDA [Vivre sa vie: film en douze tableaux]. Direção: Jean-Luc Godard. Produção: Pierre Braunberger. França: Pléiade, Pathé, 1962, DVD.

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